Triângulo Mineiro: Safra de laranja no Triângulo Mineiro pode crescer 80%

A safra de laranja no Triângulo Mineiro deve crescer 80% e alcançar 26,9 milhões de caixas de 40,8 quilos. Esta estimativa para a safra 2025/26 foi divulgada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e representa um alívio para o setor. O clima favorável no final de 2024 e a ampliação da área cultivada impulsionaram este aumento significativo na produção da região.

Ao todo, o cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro tem uma expectativa de colheita de 314,6 milhões de caixas de 40,8 quilos na safra 2025/26. Isso significa um crescimento de 36,2% em comparação com a safra anterior e 4,8% acima da média histórica dos últimos 10 anos. “Estamos voltando para os patamares de uma safra média, não é uma supersafra, mas é uma boa safra, o que traz um alívio para o setor“, afirmou Juliano Ayres, diretor-executivo do Fundecitrus em entrevista ao Jornal do Comércio. Ele completou que a queda na safra anterior foi “dramática, principalmente, em função de um clima atípico, mais seco e quente”.

A safra 2024/25 de laranja encerrou com 230 milhões de caixas no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro. Destas, apenas 14,9 milhões foram produzidas na região do Triângulo/Sudoeste, marcando a segunda menor produção dos últimos 30 anos devido ao clima adverso.

Para a safra atual, a recuperação é notável. O ciclo de chuvas foi fundamental para a recuperação da produção, especialmente após a primeira florada ter sido comprometida pelas altas temperaturas e escassez hídrica entre agosto e setembro de 2024.

Além do clima, a melhor rentabilidade da atividade permitiu que os citricultores aprimorassem os tratos culturais nos pomares. Isso incluiu avanços em nutrição, irrigação e um controle mais eficiente de pragas e doenças, o que, junto às condições climáticas, resultou em uma carga abundante nas plantas.

A produção de laranja no Triângulo Mineiro tem crescido de forma consistente, muito em função da baixa incidência do *greening*, a principal doença que afeta a cultura. Apesar do cenário otimista, a região enfrenta desafios e embora a incidência de *greening* seja baixa no Triângulo Mineiro, outras ameaças como a leprose, o bicho-furão e a mosca-das-frutas exigem atenção constante dos produtores.

Por Lorena Marques

Fonte
Regionalzão
Botão Voltar ao topo